Todos nós precisamos de ter identificados objectivos que nos fazem agir.
Muito poucos de nós identificam os seus próprios objectivos e orientam as suas vidas pessoais e profissionais de acordo com eles. São aqueles que todos os anos os escrevem, os ajustam, os melhoram. Mas por escrito. E num local onde fácil e frequentemente os vejam.
Coloco nessa categoria algumas profissões. Porque os seus resultados pessoais só dependem da sua performance profissional. São normalmente líderes.
Depois temos todos os outros. Que fazem votos de ano novo, que dizem no calor das celebrações que “este ano é que é!” mas toda a gente sabe que “este ano” vai ser igual a todos os outros. São pessoas que dependem de factores e de incentivos externos para fazerem o que têm que fazer e para se ultrapassarem a si próprios. São normalmente liderados.
Contudo, se perguntarem à maioria das pessoas o que é que as motiva, a resposta é:
- Dinheiro!
Agora façam o seguinte teste:
Em vez de perguntarem aos vossos colaboradores o que é que os motiva perguntem-lhes o que é que gostariam de ter ou ser. Vão ver que vai ser uma surpresa.
È óbvio que alguns vão dizer que gostavam de ter dinheiro para ... É o para que é importante e esta é uma resposta típica das pessoas que não conseguem ou não têm conforto financeiro por um conjunto variadíssimo de razões.
Gosto muito do para. Ao longo da minha experiência percebi que somos todos diferentes e que temos ambições diferentes, valorizadas também de formas diferentes.
Na literatura de liderança, este é um tema recorrente: a motivação das equipas pelas quais somos responsáveis. E como é que se consegue atingir esse objectivo?
Através do para.
É através dele que nós percebemos o que é importante para cada uma das pessoas e até onde é que podemos ir no processo motivacional, que nada mais é do que podermos criar as condições necessárias para que cada um dos colaboradores possa atingir esse patamar. Mais do que isso gera desconforto, menos do que isso provoca incerteza.
A motivação é um processo psicológico, pessoal e íntimo. E a possibilidade de atingir os objectivos pode e deve ser algo recompensador, não necessariamente castigador.
A melhor liderança é aquela que é capaz de criar o sentimento de concretização nos outros, sabendo “negociar” as necessidades da empresa ou organização com os desejos e os egos pessoais.
Bom Trabalho!
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