Errar é muito fácil, dizem que é humano. Mas quantas pessoas conhecem que se vangloriam de alguma vez terem falhado nalgum momento dos seus percursos pessoais ou profissionais? Muito poucos ...
Se repararem, todos são especialistas: à vossa volta só há pessoas, organizações, empresas de sucesso. De tal forma que nem consigo compreender o momento que atravessamos, não compreendo como é que não vivemos rodeados de felicidade e riqueza.
Costumo defender que quando tomamos decisões – e fazemo-lo várias vezes por dia – estas são sempre boas, correctas, assertivas. Nem podia se de outra forma tendo em conta que decidimos com os dados que temos disponíveis no momento em que decidimos. Mas são decisões acertadas? Muitas delas não serão, e algumas terão consequências muito mais graves do que outras.
Mas o ponto fulcral é que tomámos uma decisão. E essa decisão irá orientar os nossos comportamentos a partir desse momento, desde a escolha do sítio onde vamos almoçar amanhã, passando pela decisão de escolher o colaborador A em detrimento do B num processo de selecção, de seguirmos uma determinada abordagem num processo comercial e não outra, à decisão de investimento numa área de negócio emergente e não noutra.
O Importante é que a decisão foi tomada, e certamente com base num conjunto de razões, todas elas legítimas.
Dias, meses, anos mais tarde verifica-se que foi a decisão errada. A comida era péssima, o colaborador escolhido um desastre, perdemos o negócio por termos ido por aquele caminho e não noutro, o investimento perdeu-se porque o negócio emergente não sucedeu.
E daí? Qual é o problema? Depois das acções efectuadas e dos resultados obtidos é fácil avaliar e criticar. Uns deixar-se-ão envolver e enredar por todos os que não fizeram nada, que ficaram apenas a ver e depois dizem: Eu não disse? Falhas-te!
Outros, muito poucos, irão avaliar o erro, perceber onde e porque é que se falhou e decidir outra vez, escolher outro caminho, arriscar novamente, com a experiência acumulada da tentativa anterior.
Precisamos de errar, de falhar mais vezes e orgulharmo-nos disso. Só assim evoluímos, inovamos, crescemos, vencemos, temos sucesso.
Se não corremos riscos, se reproduzimos o que todos também fazem, se somos sempre politicamente correctos, e liquidamos a originalidade que temos latente, aí sim, estamos condenados ao fracasso.
Parece um paradoxo? Poderá parecer, mas não é!
Deixem-me colocar-vos um desafio:
Pensem em qualquer coisa de diferente que possam fazer amanhã - nem que seja mudar o estilo de roupa - e tomem nota das reacções das pessoas à vossa volta. Se repararam em vós, vocês conseguiram a sua atenção. Se conseguiram atenção, adquiriram um pequeno capital de notoriedade e de presença na memória dos outros. Agora imaginem isso aplicado à vossa actividade profissional.
Bom Trabalho!
1 comentário:
Boa tarde Luis,
Gostaria de ter no blog versões para impressão de artigos. Eles valem estar numa pasta para ler diariamente! :)
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