Estes eventos têm como finalidade agrupar num único espaço um conjunto alargado de potenciais clientes e uma das melhores abordagens consiste em termos connosco um dos nossos clientes satisfeitos para poder contar na primeira pessoa as vantagens da nossa solução, poder "educar" os nossos potenciais clientes.
Vale a penao investimento? Depende do vosso target e dos valores que podem estar envolvidos.
Existem contudo alguns detalhes que gosto sempre de referenciar nestes casos, em que o objectivo é localizado no tempo e no espaço.
Por exemplo, não gosto de eventos à hora do almoço.
Até gostaria, se não estivéssemos em Portugal e os decisores – que são aqueles que nos interessam –, não costumam chegar a horas e têm o péssimo hábito de não desligar o telemóvel que, sempre que toca, quebra o ritmo e a intenção última do evento.
Para este tipo de eventos prefiro o fim do dia. Prefiro também trabalhar por zonas geográficas para ter a maior audiência possível nas proximidades dos seus locais de trabalho ou, em alternativa, trabalhar com as associações profissionais para dinamizar e promover o valor acrescentado do evento.
Esta abordagem também funciona melhor na periferia do que nas grandes cidades. Nas grandes cidades, devido à complexidade dos ritmos de vida, para conseguir ter sucesso é conveniente conseguir um ou mais oradores bastante conhecidos no mercado em causa, que sejam referências para os nossos convidados.
Pensemos um pouco “out-of-the-box”. Independentemente do vosso produto ou serviço, os processos identitários, as referências, os casos de sucesso, propagam-se do centro para a periferia. Um potencial fornecedor e um cliente satisfeito que exponha o seu caso a uma associação profissional situada fora duma grande cidade tem muito mais possibilidades de concretizar negócios num território pouco ou mal explorado do que os fornecedores locais, que são percebidos apenas como agentes com capacidade local.
É preciso, contudo, ter algum cuidado como nos apresentamos junto do público. Se as representações simbólicas podem ser usadas em nosso favor, também podem ser as nossas maiores inimigas. Ou seja, não faz sentido nenhum aparecer de fato e gravata num estaleiro de obra.
Pessoalmente, sempre que uso esta abordagem, costumo tirar um dia – e nunca ao fim de semana –, para perceber o contexto sociológico do sítio onde irei fazer o evento. Vou cedo para perceber o trânsito, os cafés, vou a vários bancos, pergunto onde posso almoçar com um cliente a vários transeuntes ou comerciantes, almoço no local mais referenciado para perceber os perfis e comportamentos e vestuário dos empresários da zona, passeio pela localidade para perceber o parque automóvel durante o dia, visito os supermercados e as lojas de calçado e vestuário formal.
Faço todo um trabalho de campo que me permite alinhar com o contexto que vou enfrentar e posiciono-me um pouco acima, só um pouco, porque afinal até venho da grande cidade e isso é expectável pela minha audiência.
Chego a horas, tenho tudo preparado e testado no dia e na hora combinada, recebo os meus convidados à porta, ofereço-lhes brochuras e troco com eles cartões de visita, começo a horas e, durante um breve intervalo, apresento os meus oradores (clientes satisfeitos) a todos os convidados que consiga mas, em particular, áqueles que são os meus prospects preferenciais.
E, fundamentalmente, faço follow-up nos dias seguintes para dar continuidade ao processo que começou com os convites.
Bom trabalho!
1 comentário:
Parabéns por mais uma boa iniciativa! : )
Susana Amaral
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